Vocês realmente creem que os países da zona do euro lutaram até o fim para que a Grécia permanecesse na zona do euro para um ano depois, no final das contas, deixar o país mergulhar no caos?
Trecho de discurso pronunciado na rede pública de televisão da Alemanha pela primeira-ministra, Angela Merkel em 28 de fevereiro, conclamando seus compatriotas a não abandonar a Grécia à própria sorte
O Lula paz e amor vai ser outra coisa daqui para frente. […] Eu queria dizer para eles: vocês não vão me destruir, vamos sair mais fortes desta luta.
Trecho de discurso feito por Luiz Inácio Lula da Silva a uma plateia de 1.500 pessoas na festa de 34 anos do PT no Rio de Janeiro
Prezados leitores, imaginem a cena: indivíduos pobres, mal-vestidos e encapuzados jogando pedras na polícia que está lá para desalojá-los, se for necessário na marra. Reintegração de posse em alguma favela em São Paulo? Não, de maneira nenhuma, isso aconteceu hoje em Calais, no norte da França, no local conhecido como selva que abriga os imigrantes da Ásia e da África que têm invadido a Europa em busca de uma vida melhor. A razão do confronto é que depois de uma disputa na Justiça o governo francês finalmente obteve autorização para começar a desmantelar le jungle, como os franceses a ela se referem e transferir os habitantes para contêineres que foram montados em local de segurança máxima. E por que os imigrantes concentraram-se em Calais? Ora, o desejo deles é partir rumo à Grã-Bretanha, que é infinitamente preferível à França por duas razões: a mais importante é que no momento em que o sírio, líbio, paquistanês ou chadiano pisa nas Ilhas Britânicas ele já tem direito a assistência médica no Serviço Nacional de Saúde, o NHS e a outros benefícios sociais, ao passo que na França é preciso ter contribuído alguns anos para fazer jus. Mas há também uma questão cultural: em tempo de ascendência de Marine Le Pen, a França é vista como um país que não quer muçulmanos, ao passo que os britânicos são mais tolerantes, pois o multiculturalismo é política de Estado.
As boas vindas do país governado por David Cameron têm limites, no entanto, manifestados no fato de que está sendo praticamente impossível aos imigrantes cruzarem o Canal da Mancha pelo Eurotúnel, dada a vigilância cerrada sobre eles, daí terem favelizado-se em Calais. E não é só França e Grã-Bretanha que estão com má vontade. Eslovênia, Croácia, Sérbia e macedônia limitaram a 500 pessoas que aceitarão que entrem nos respectivos territórios. A Áustria
estçaoé sempre um conforto para mim relativizar meus dissabores quer seja como indivíduo, quer seja como cidadã brasileira